Parceria com o grupo de Filosofia da religião, uma experiência em Brazlândia, junho de 2019
E
m junho de 2019, dando continuidade à parceria iniciada no evento Deus e religião – um diálogo entre diferentes abordagens, levamos o mesmo projeto para a escola CEM 02 de Brazlândia. Quem fez o contato inicial foi o estudante Luiz Felipe R. que, além de ser ex-aluno desta escola, estava estagiando no local neste semestre. Fomos recebidos pelo professor Edson. Participaram dessas oficinas os estudantes de Metodologia Lara Aguiar Arthur Gabriel Sobreiro, Vittor Marino, Viviane Maria, Suelber Nogueira e Luís Felipe, já citado.
A princípio, mantivemos o mesmo desenho pensado para as oficinas no Beijódromo. Mas, como verificamos mais de uma vez, repetir materiais (o power point, por exemplo) confeccionados para uma turma em outra turma nem sempre produz o mesmo resultado. Desta feita, o power point com referências religiosas – imagens de diversas igrejas e, ainda, recortes de jornal sobre intolerância religiosa e disputas territoriais em torno de igrejas e terrenos, como a disputa do Noroeste – não surtiu o mesmo efeito que na oficina original. Os estudantes estiveram um tanto tímidos a princípio.
Nessa primeira oficina, os estudantes se dividiram para confeccionar o mapa e, ao final, houve uma palestra/conversa com o professor Marcos Aurélio Fernandes sobre religiosidade e territorialidade.
Na segunda visita, fizemos uma oficina com outra turma um pouco mais cedo e, no segundo horário, juntamos a turma da oficina anterior a esta nova equipe.
Tínhamos, então, quatro mapas, já que as turmas são dividias em dois grupos iniciais, que depois trocam de lugar e interferem no mapa dos colegas. Eram quatro ideias para a cidade de Brazlândia, compostas do palimpsesto de decisões sobrepostas. Houve um longo debate, no qual nos chamou a atenção elementos como a insistência em espaços para pelotões militares e a consciência de que a cidade tem uma vocação voltada às atividades rurais. Entre esses elementos, surgiu a pergunta sobre por que, se a cidade poderia ser pensada como ideal, seria preciso tanta coerção (e mesmo, por que seguir a tendência natural à atividade rural). Uma resposta nos chamou a atenção: um estudante, depois de vários questionamentos sobre a perfeição da cidade e de seus habitantes, disse “alguns privilegiam a igualdade, mas nós privilegiamos a justiça”. A oposição entre igualdade e justiça não pode ser levada a cabe no debate, por falta de tempo, mas nos instigou a pensar quais as noções de segurança e justiça estão operando no imaginário desses jovens.
Nesse segundo encontro, ficou acordado que levaríamos as turmas para uma visita na UnB, na qual conheceriam o Departamento de Filosofia, algumas das nossas linhas de pesquisa – notadamente a de Filosofia de religião – e assistiriam à atividades sobre o Programa de avaliação seriada para ingresso na universidade.
No dia 26 de junho, ocorreu a visita da escola CEM 02 de Brazlândia à UnB. Para recebê-los, o grupo de extensão A quem pertence a cidade? – DEX e o grupo de pesquisa em Filosofia da religião – PPG –FIL/FAP -DF, representado pelo professor Marcos Aurélio Fernandes, prepararam uma apresentação sobre as abordagens de pesquisa em Filosofia, e uma palestra seguida de oficina sobre os objetos do PAS, com os docentes Rogério Basali, do FIL, e Vinicius Souza, da FE. Ao final da oficina ministrada pelo Prof. Vinicius, os estudantes seguiram para o Restaurante Universitário. Os estudantes Vanessa Costa, Rafael Caetano trindade, Lara Aguiar guiaram o grupo na visita. Vale mencionar também a participação ativa do Centro Acadêmico - CAFIL, na figura de Edson Victor Mendes. A seguir, imagens da visita dos estudantes.