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Palestras em São Paulo, ago-nov de 2019

  • Foto do escritor: aquempertenceacida
    aquempertenceacida
  • 5 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Durante o segundo semestre de 2019, o projeto buscou ampliar as parcerias com a licença capacitação da Professora Priscila Rufinoni, sob orientação da docente Dária Jaremtchuk, da EACH/ECA - USP. Além da participação nos grupos de estudo da ECA USP voltados à arte contemporânea, notadamente no que diz respeito à intersecção entre documentário, imagem, realidade e arte, a licença previa a apresentação do projeto para outras comunidades universitárias, como a EACH – USP Leste e a Unifesp.











As apresentações focaram as três dimensões do projeto:



1) Pesquisa acadêmica sobre o conceito filosófico de utopia, a partir dos clássicos filosóficos como Platão e Thomas More. A pesquisa ainda comporta as críticas à noção de utopia, principalmente relativa a autores da tradição marxiana e da Teoria crítica, que apontam os limites do socialismo utópico e suas versões imaginárias. Por fim, a pesquisa acadêmica tenta equacionar a relevância atual da imaginação política contida nas noções de utopia, a partir de textos contemporâneos como os de Theodor Adorno, Progresso, Prodi & Cacciari, Ocidente sem utopia, de Francis Wolff, Três utopias contemporâneas, e de Z Bauman, Retrotopia. Ou seja, a perspectiva teórica tenta pensar qual o estatuto filosófico da construção da noção de utopia no século XVI, quais as críticas à assimilação deste à ideia e ao imaginário industrial/tecnológico e progressista da século XIX e qual poderia ser, ainda, a necessidade de uma imaginação utópica no mundo atual, questionamento ancorado nas leituras de Wolff e Bauman do cenário pós-utópico mundial em que vivemos. A bibliografia estudada está disponível no site do projeto na íntegra.


2) Formação de professores de ensino de filosofia constitui o segundo plano do projeto, cujos eixos vão da oferta de disciplinas teórico práticas que envolvem participação nas escolas à tradução de materiais didáticos alternativos. Para apresentar este plano, foram discutidas a tradução do livro de Luca Mori, Utopie di Bambini – il mondo rifatti dall’ infazia (Pisa: ETS, 2017), projeto em curso levado a cabo pelo grupo de pesquisa da Prof. Priscila, a disciplina Metodologia do ensino de filosofia (2 semestre de 2019) e o conjunto de oficinas até agora desenvolvido nas escolas de ensino médio do DF. Nessa etapa se explicou como funcionam as dinâmicas de sala de aula, com o uso de mapas das localidades das cidades para que os estudantes repensem suas comunidades, sob o ponto de vista de uma reelaboração política e social.


3) Diagnóstico do imaginário político-social dos estudantes do DF. Nessa etapa, o projeto pretende elaborar linhas gerais do pensamento dos estudantes, nos moldes do livro de Luca Mori em relação às escolas italianas. Vela lembrar que Mori conduziu oficinas sobre a noção de utopia nas escolas italianas e, por fim, produziu um livro sobre os debates das crianças. Etapa que leva em conta a análise dos mapas territoriais como cartografias do poder e tenta pensar as nuances dessa cartografia imaginária nos mapas produzidos pelos estudantes durante as oficinas conduzidas pelo grupo A quem pertence a cidade?. Esta parte da pesquisa já se configurou como um artigo, escrito em parceria com Benedetta Bisol, que está em fase de publicação pela revista Visualidades de Goiânia.




 
 
 

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